De acordo com o regulamento do concurso de fotografia do XX Encontro de Fotógrafos e Blogues, damos a conhecer as fotografias premiadas e os respetivos autores.
Apresentaram os seus trabalhos 8 fotógrafos num total de 39 fotografias e o júri premiou as seguintes fotografias:
1º Prémio – Francisco Preto
2º Prémio – Humberto Ferreira
3º Prémio – Humberto Ferreira
Santa Mariña de Augas Santas
Cumpriu-se mais um encontro de Fotógrafos e Blogues promovido e organizado pela Associação de Fotografia e Gravura – LUMBUDUS, o XX encontro, este a acontecer mais uma vez na vizinha Galiza, mais propriamente à volta de Alhariz, com visitas a Santa Mariña de Augas Santas, ao Castro de Armeá, Ecoespazo do Rexo e Alhariz.
Santa Mariña de Augas Santas
Mais de 50 participantes sem medo ao frio cumpriram um programa que, pelo interesse dos motivos, dos locais e da sua história, precisava de muito mais tempo para ser cumprido eficazmente, mas cumpriu-se, pena, que fosse precisamente Alhariz a prejudicada com a velocidade em que a luz do dia se esfuma nesta época do ano. Mas outras oportunidades haverão para que Alhariz tenha o merecido clique dos Lumbudus.
Santa Mariña de Augas Santas
Em Santa Mariña de Augas Santas a imponência da igreja atrai logo os primeiros olhares, mas depois de se entrar na pequena localidade dá para ver que não é só a igreja, que só por si merece todas as visitas. Por lá tudo é imponente, as vistas sobre Orense, os majestosos e seculares carvalhos no átrio da igreja, o casario eclesial onde que dá guarida ao bispo de Orense nos dias quentes de verão e até as esculturas dos cães que servem de guarda ao casario eclesial demonstram a sua imponência e poderíamos ficar por aqui se o Castro de Armeá e a Basilica de Asunción e os fornos não ficassem a umas poucas centenas de metros de Santa Mariña.
Castro de Armeá
Há toda uma tradição ligada à Santa Mariña e à sua morte ligada à Basilica da Asunción e aos fornosonde a santa foi condenada a morrer, bem como ao Castro de Armeá, a uma centena de metros destes fornos.
O tempo dos relógios é implacável, nunca para, e até parece que os ponteiros andam mais depressa quando o interesse dos locais visitados aumenta, mas há momentos do programa que não podem ser, ou não convém serem adiados, como é o caso do almoço e, o bom censo recomendou o consenso de se deixar para p período da tarde a visita ao Ecoespazo do Rexo.
Basilica da Asunción e os Fornos
Após o almoço, este sim em Alhariz, que saciou os estômagos e aqueceu os corpos e o espírito partiu-se então para o Ecoespazo do Rexo localizado em Requeixo de Valverde (a poucos quilómetros de Alhariz) onde a arte se concilia e confunde com a natureza. As pastagens, ovelhas um riacho são harmoniosamente quebradas pelas pinturas de rochas e árvores de autoria de Agustin Ibarrola. Sem dúvida um bom exemplo de como o espaço rural pode ser recuperado e valorizado como neste caso, com uma exploração de ovelhas, uma quinta-escola silvo-pastoril e uma fábrica de queijos, conciliando-se com um espaço artístico, conjunto que além da recuperação do espaço se transforma num polo de interesse turístico que pela certa encanta todos quantos o visitam.
Castro de Armeá
Por fim a visita a Alhariz, já com a noite a anunciar-se, ou seja, já com a escassez da luz que os fotógrafos tanto necessitam para as suas imagens. Como a visita fotográfica às margens do rio ficava assim abortada, o grupo dividiu-se entre uma visita nas ruas do centro histórico de Alhariz e pela visita à Fundación Vicente Risco, onde, na véspera do 1º de dezembro que em Portugal se celebra a restauração da independência, pudemos visitar uma exposição sobre Bernardino Machado e a I República Portuguesa. Esta alusão ao 1º de dezembro nada tem a ver com a exposição da Fundação Vicente Risco, mas apenas é curiosa por os galegos manifestarem um interesse pela história de Portugal quando nós (salvo seja) cada vez mais a desprezamos, e uma prova disso é a do dia de hoje, 1º de dezembro em que o feriado que celebrava a Restauração da nossa Independência de 1640, passou a dia comum, em prol da recuperação de uma economia que cada vez se afunda mais.
Alhariz
Mas o interesse da Fundação não se fica nesta exposição, mas na sua missão de ter ao dispor dos investigadores toda a bibliografia e documentação de Vicente Risco e do seu filho Antón, precisamente naquela que foi a casa de família.
Ecoespazo do Rexo
Curiosamente também se guarda nesta fundação um busto de Manuel Blanco Romasanta – o “Homem Lobo” galego que era visita frequente de Chaves, pois segundo ficou apurado no seu julgamento, deslocava-se com alguma frequência a Chaves para vender unto a uma farmácia da Rua Direita, isto ainda nos meados do século XIX.
Ecoespazo do Rexo
Segundo reza a história Manuel Blanco Romasanta nasceu em Regueiro, em 1809 e a sua história quase desde o berço que começa a intrigar os estudiosos, pois foi batizado com o nome de Manuela e crismado com o nome de Manuel, talvez um possível caso de hermafroditismo, dizem alguns. Alfaiate de profissão, sabia ler e escrever, bom cristão de aparência frágil, caráter afável e educado até que a sua vida muda bruscamente após a morte da sua mulher, três anos após o casamento, passando a vendedor ambulante fazendo-se acompanhar nas suas viagens de mulheres com filhos que iam desaparecendo de maneira misteriosa.
Ecoespazo do Rexo
O imaginário do povo começa a sugerir cenas horríveis e a divulgar a crença de que o unto que vendia, principalmente em Chaves, era feito de gordura humana. Em 1852 é capturado perto de Toledo e posteriormente, em 1853, é julgado em Alhariz, confessando ter devorado 13 pessoas sendo o caso intitulado com “Causa contra o homem lobo”, que lhe valeu a condenação à morte, que viria a ser revogada para prisão perpétua e degredo em Ceuta, onde viria a morrer 10 anos depois. A vida real e muita lenda associada a este personagem do homem lobo levou a escrita de alguns romances, muitas canções e alguns filmes.
Fundação Vicente Risco
Fundação Vicente Risco - Luís Risco Daviña a mostrar o busto do homem lobo
Fundação Vicente Risco - Cartaz de um dos filmes sobre o homem lobo
E com a história do homem lobo terminamos também este breve relato daquele que foi o encontro de inverno, o XX Encontro de Fotógrafos e Blogues, promovido e organizado pela Associação de Fotografia e Gravura, Lumbudus, ficando também a foto de “família” de todos os participantes.
Um agradecimento especial para Luis Risco Daviña por toda a colaboração neste encontro e pela visita guiada à Fundação Vicente Risco e a Alfonso Vasquez Monjardin por nos ter servido de guia e contado a história dos locais visitados durante toda a manhã.
Fernando DC Ribeiro
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