Exposição Coletiva de Fotografia
“Os Rios”
Adega do Faustino de 1 a 30 de Setembro
A Galiza e o Norte de Portugal, filhos de uma mesma cultura que ficou dividida, não tanto na época em que D.Afonso Henriques proclamou a independência do Condado Portucalense, mas sim quando foram implantados os tratados de limitação de fronteiras por estados liberais fortemente jacobinos e centralistas ao longo do século XIX.
Nas duas primeiras décadas do passado século XX, intelectuais e criadores galegos e portugueses falaram da necessidade do reencontro. Mas as violências do século XX, nomeadamente as ditaduras, a Guerra Civil Espanhola, a repressão, as dificuldades económicas que afetaram os povos ibéricos pareceram silenciar estes diálogo que, na forma de encontros entre arqueólogos, escritores, filósofos, artistas, etc., continuaram à margem do discurso oficial.
Mas se é necessário o reencontro também é igualmente necessária a redescoberta de um património cultural que teve origem no território da Gallaecia romana e que teve na língua galaico-portuguesa a sua fonte de criação. O património comum galaico-português faz parte do acervo da humanidade em criações singulares como as cantigas medievais da nossa lírica que transparecem uma rica tradição oral onde beberam os trovadores. A cultura popular comum manteve a sua vitalidade até ao presente, apesar da fronteira política, deve obter o seu maior reconhecimento mediante a inscrição na Lista Representativa do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO.
A aprovação a 11 de Março de 2014 pelo Parlamento Galego da Lei Valentín Paz-Andrade, fruto de uma iniciativa Legislativa Popular, publicada no DOG de 8 de Abril de 2014, convida-nos, e até certo ponto obriga-nos, a aprofundar no esforço do reencontro.
Cultura que Une é uma Associação que pretende reunir intelectuais, escritores, artistas plásticos, fotógrafos, músicos, pensadores, etc. nesse mesmo reencontro destes atores da cultura galega e do Norte de Portugal à qual a Associação de Fotografia Lumbudus se associou desde os seus primeiros passos, tendo como ponto de partida o presente ano de 2015, tendo já lançado atividades nas mais variadas vertentes, com concertos musicais, encontros de escritores e poetas, exposições de artes plásticas e fotografia, colóquios, etc, nas cidades de Amarante (em Maio) e de La Coruña (em junho).
A presente exposição de fotografia que se quis itinerante, foi uma das que passou por Amarante e La Coruña, reunindo cinco fotógrafos galegos e cinco portugueses, todos à volta de um mesmo tema — os rios — que estará patente ao público em Chaves durante todo o mês de setembro, partindo depois, de novo, para terras galegas.
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